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Abraçando a disposição: Enfrentando o sofrimento e criando novas possibilidades
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Abraçando a disposição!

“Quando o sofrimento bate à sua porta e você diz que não há lugar para ele, o sofrimento fala para você não se preocupar pois ele trouxe o próprio banco” – Chinua Achebe (2011).

O ser humano e o sofrimento:

Muitas vezes, nos vemos como inferiores aos outros, ou menos merecedores, e nos empenhamos em desfazer essas experiências mentais. Ou seja, tentamos fazer os pensamentos de “sou inútil”, “não dou conta” sumirem a todo custo.  Isso dá início a uma batalha interna com nossa própria experiência. Aceitamos a estes pensamentos como verdadeiros e deixamos a realidade de lado para trabalharmos na aniquilação destes pensamentos.

Ao nos prendermos nessa guerra infrutífera contra nós mesmos, criamos um ciclo vicioso que gera sofrimento, pois não conseguimos fazer com que os pensamentos sumam para sempre. No máximo, fazemos ele sumir até a próxima situação gatilho. Assim, podemos passar anos de vida consumindo esforços infrutíferos e adotando comportamentos autodestrutivos, buscando metas que, na realidade, são impraticáveis: fazer o sofrimento desaparecer.

É natural tentar evitar essas experiências, está em nossa natureza.  Todos nós tentamos controlar as experiências dolorosas em certa medida, nos esforçando para evitá-las. No entanto, como a dor também é uma parte fundamental da experiência humana, não temos uma maneira duradoura de escapar dessas situações que surgem. Essas estratégias funcionam a curto prazo, mas têm o efeito paradoxal de aumentar o sofrimento a longo prazo.

 

Abraçando a disposição:

Assim, chegamos à questão da disposição, que define-se como estarmos abertos a todas as experiências, ao mesmo tempo em que fazemos escolhas conscientes e intencionais com base em nossos valores de vida. Dessa forma, tomamos decisões com base em nossos valores, em vez de tentar evitar experiências internas.

Abrir-se, permitir e estar presente para aquilo que há para ser sentido, percebido e observado são elementos essenciais da disposição. A disposição é um processo contínuo e não se baseia na ideia de que, ao “aguentar o suficiente” ou ser tolerante, você poderá extinguir a sensação.

 

A vontade na disposição:

Não é necessário sentir vontade ou pensar de uma maneira específica para estar disposto, essa não é uma luta contra a vontade e os seus gostos e desejos.  E sim, estar disposto a experimentar os sentimentos e pensamentos completamente, sem defesa. Para, dessa forma, avançar em direção a novas possibilidades e romper com o repertório limitado de opções que sempre tentamos e que não resolvem a situação.

Aceitação significa acolher e receber o que a vida oferece. Implica em abraçar e segurar o que é oferecido e dizer sim à sua variedade de experiências.

 

Terapia:

Finalizamos então dizendo que, caso deseje entrar em terapia para trabalhar estas e outras demandas, entre em contato com os nossos profissionais clicando aqui

 

 

Referência:

LUOMA, Jason B.; HAYES, Steven C.; WALSER, Robyn D.. Aprendendo ACT: Manual de Habilidades da Terapia de Aceitação e Compromisso para Terapeutas. 2. ed. Novo Hamburgo: Sinopsys, 2022.

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